Divórcio em Segunda União: Como Fazer Tudo de Forma Legal
- Dra Margareth

- 11 de nov.
- 3 min de leitura
Se você está em uma segunda união e decidiu encerrar o relacionamento, saber o caminho legal reduz custos, evita atrasos e protege seu patrimônio. Neste guia objetivo, você entenderá os tipos de divórcio, documentos necessários, passo a passo e como um advogado de família pode agilizar tudo.
Este conteúdo é informativo e não substitui orientação jurídica individual.
Quem se enquadra em segunda união
Segunda união abrange situações em que pelo menos um dos parceiros já foi casado ou manteve união estável anteriormente.
Casamento civil após separação ou divórcio anterior.
União estável formalizada após término de relacionamento anterior.
Casais que convivem como família com histórico de casamento ou união estável prévia.
Modalidades de divórcio
Divórcio consensual em cartório: rápido e econômico quando não há filhos menores ou incapazes e existe acordo total sobre partilha e nome.
Divórcio consensual judicial: há acordo, mas existem filhos menores/incapazes; o Ministério Público analisa o plano parental.
Divórcio litigioso: não há consenso sobre partilha, guarda, pensão ou outros pontos; o juiz decide.
Em todas as modalidades, o divórcio pode ser pedido a qualquer tempo no Brasil (divórcio direto) e independe de comprovação de culpa.
Documentos indispensáveis
Documentos pessoais (RG e CPF) e certidão de casamento atualizada.
Pacto antenupcial ou contrato de convivência, se houver.
Comprovante de residência.
Certidões de nascimento dos filhos.
Comprovantes de bens e dívidas: matrícula de imóveis, documentos de veículos, extratos, participações societárias, financiamentos e cartões.
Comprovantes de renda para cálculo de alimentos, se aplicável.
Passo a passo legal
Diagnóstico jurídico: análise do regime de bens, existência de filhos e obrigações pendentes.
Levantamento patrimonial: relação de bens e dívidas, com datas de aquisição e valores.
Negociação: construção do acordo de partilha, guarda, convivência e pensão.
Minuta e assinatura: redação do acordo com cláusulas claras e seguras.
Homologação ou lavratura: protocolo judicial para homologação ou escritura pública em cartório.
Averbação e atualização: averbar o divórcio no registro civil e atualizar cadastros de bens, seguros e planos.
Quando há filhos menores ou incapazes, o caminho é judicial para validar guarda, convivência e alimentos com participação do Ministério Público.
Regime de bens e efeitos na partilha
O regime de bens define o que entra ou não na divisão. Em segunda união, ele pode diferir do regime do relacionamento anterior, impactando o patrimônio.
Comunhão parcial: comunica bens adquiridos onerosamente após o início da união.
Comunhão universal: comunica todo o patrimônio, salvo exceções legais.
Separação convencional: cada cônjuge mantém patrimônio próprio; exige pacto antenupcial.
Separação obrigatória: aplicável em situações legais específicas, como idade avançada.
Uniões estáveis podem ser regidas por contrato de convivência. Sem contrato, aplica-se, em regra, a comunhão parcial. Bens anteriores à união e doações/heranças com cláusula de incomunicabilidade ficam, em geral, fora da partilha.
Filhos, guarda e pensões
Guarda: preferência por guarda compartilhada, com definição de residência de referência.
Convivência: calendário flexível, respeitando rotina escolar e melhor interesse do menor.
Alimentos: base no binômio necessidade e possibilidade, com atualização periódica.
Pensão entre cônjuges: excepcional, conforme dependência econômica comprovada.
Erros comuns que atrasam o processo
Confundir bens particulares com bens comuns.
Ignorar dívidas e passivos na negociação.
Falta de documentos atualizados (principalmente matrículas de imóveis).
Esquecer atualização de beneficiários em seguros, previdência e testamentos.
Quanto tempo e quanto custa
Os prazos variam conforme complexidade e comarca:
Cartório: cerca de 5 a 30 dias após apresentação completa dos documentos.
Judicial consensual: em média 1 a 4 meses, dependendo da agenda do juízo.
Litigioso: pode levar de 6 a 18 meses ou mais.
Custos envolvem custas cartorárias ou judiciais e honorários advocatícios, que variam conforme a complexidade (existência de bens, empresas, imóveis, disputas sobre guarda e alimentos).
Como um advogado de família acelera
Mapeia riscos e define estratégia documental desde o início.
Negocia acordos equilibrados, evitando disputas longas e caras.
Protege o patrimônio e reduz contingências futuras.
Integra o divórcio ao planejamento sucessório, quando necessário.
Atendemos online e presencialmente, com sigilo absoluto e foco em solução rápida e segura. Tenha um acordo robusto e evite retrabalho.
Próximos passos
Agende uma consulta para análise do seu caso.
Envie os documentos essenciais.
Assine a minuta e finalize a averbação.
Perguntas frequentes
Existe prazo mínimo para pedir o divórcio?
Não. O divórcio é direto e independe de separação prévia.
Posso divorciar em cartório com filhos menores?
Não. Nessa hipótese o procedimento deve ser judicial, com análise do Ministério Público.
Tenho união estável anterior. Isso muda a partilha?
Pode mudar. É necessário analisar datas de aquisição, regime aplicável e eventual contrato de convivência.
Conclusão
Com planejamento, o divórcio em segunda união pode ser rápido, econômico e seguro. Reúna os documentos, alinhe expectativas e conte com apoio especializado para um acordo sólido e sem surpresas.





Comentários