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Direito à Adoção por Casais Homoafetivos em Curitiba: Guia Prático

  • Foto do escritor: Dra Margareth
    Dra Margareth
  • 27 de nov.
  • 3 min de leitura

Construir uma família por meio da adoção é um direito de casais homoafetivos em todo o Brasil. Em Curitiba, o processo é seguro e estruturado, e contar com orientação jurídica especializada pode reduzir riscos, evitar atrasos e dar mais previsibilidade a cada etapa.




Base legal da adoção homoafetiva no Brasil

A legislação e a jurisprudência garantem igualdade de direitos a casais homoafetivos:


  • Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90): prioriza o melhor interesse da criança e do adolescente.

  • Reconhecimento da união estável homoafetiva e equiparação de direitos familiares.

  • Resolução 175/2013 do CNJ: casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e conversão de união estável, permitindo adoção conjunta.

  • Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA): cadastro unificado e critérios objetivos de habilitação e vinculação.

Orientação sexual não é critério para negar habilitação. O foco é a capacidade do casal de oferecer um ambiente seguro, afetuoso e estável.



Como funciona a adoção em Curitiba


Etapas do processo

  1. Habilitação na Vara da Infância e Juventude de Curitiba: protocolo do pedido com documentos e formulários.

  2. Curso preparatório para pretendentes, obrigatório, com conteúdos sobre adoção responsável.

  3. Avaliações psicossociais com equipe técnica (entrevistas e visita domiciliar).

  4. Decisão de habilitação pelo Juízo: deferimento e inclusão no SNA.

  5. Disponibilização e vinculação: quando houver compatibilidade entre perfil do pretendente e da criança/adolescente.

  6. Estágio de convivência e guarda provisória: acompanhamento pela equipe técnica.

  7. Sentença de adoção e nova certidão de nascimento.


Documentos mais solicitados

  • RG e CPF de ambos os parceiros.

  • Certidão de casamento ou declaração/contrato de união estável.

  • Comprovantes de residência e de renda.

  • Atestados de saúde física e mental.

  • Certidões negativas cíveis e criminais.

  • Referências pessoais e documentos complementares que o Juízo solicitar.


Prazos e boas práticas

Os prazos variam conforme o perfil pretendido e a dinâmica do SNA. Perfis muito restritivos tendem a aumentar a espera. Para reduzir riscos e ajustar expectativas:


  • Mantenha documentos atualizados e completos desde o início.

  • Participe ativamente do curso e das entrevistas.

  • Considere ampliar o perfil etário e aceitar grupos de irmãos ou crianças com necessidades específicas.

  • Conte com assessoria jurídica para prevenir exigências e responder rapidamente a diligências.


Mitos e verdades

  • Mito: casais homoafetivos enfrentam barreiras legais extras. Verdade: a lei assegura igualdade; a análise foca no melhor interesse da criança.

  • Mito: é preciso ser casado. Verdade: casamento ou união estável bastam para adoção conjunta; pessoas solteiras também podem adotar.

  • Mito: recém-nascidos são mais fáceis de adotar. Verdade: a maior demanda está por crianças mais velhas, grupos de irmãos e com necessidades específicas.


Por que contratar um advogado de família em Curitiba

  • Planejamento jurídico do caso: escolha do regime familiar (casamento/união estável) e documentação sem lacunas.

  • Condução técnica de diligências, manifestações e eventuais recursos.

  • Interlocução eficiente com a equipe psicossocial e alinhamento de expectativas sobre perfis e prazos.

  • Prevenção de indeferimentos por falhas formais e resposta ágil a exigências.

Pronto para avançar? Um diagnóstico jurídico inicial pode encurtar o caminho e trazer mais segurança ao seu projeto de parentalidade.



Perguntas frequentes


Existe limite de idade para adotar?

O adotante deve ter pelo menos 18 anos e uma diferença mínima de 16 anos em relação ao adotando. Não há idade máxima legal, mas a adequação do perfil é avaliada caso a caso.



Casais em união estável podem adotar?

Sim. Casamento ou união estável permitem adoção conjunta. A comprovação da união é feita por certidão, escritura pública ou documentação equivalente.



Posso escolher o perfil da criança?

Sim, dentro de parâmetros legais e do melhor interesse da criança. Perfis mais amplos tendem a reduzir a espera.



Já cuido do filho do meu parceiro: posso adotar?

É possível a adoção unilateral ou o reconhecimento de multiparentalidade, conforme o caso. Exige análise específica, inclusive sobre consentimento do outro genitor e melhor interesse da criança.



Próximos passos

  1. Fale com um advogado de família em Curitiba para mapear prazos, documentos e estratégia.

  2. Reúna a documentação e organize comprovantes de renda e residência.

  3. Participe do curso de pretendentes e prepare-se para as entrevistas.

  4. Defina um perfil de adoção responsável e realista.

  5. Mantenha seus dados atualizados no SNA e acompanhe as etapas.

Com a orientação certa, seu projeto de adoção pode avançar com mais segurança, clareza e eficiência.


 
 
 

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