Direito Homoafetivo e Sucessão: Quem Tem Direito à Herança
- Dra Margareth

- 29 de out.
- 3 min de leitura
Casais homoafetivos têm os mesmos direitos sucessórios que casais heteroafetivos no Brasil. Essa equiparação vale tanto para o casamento civil quanto para a união estável, desde que a união esteja devidamente comprovada. A seguir, você vai entender quem herda, como evitar conflitos e quais passos práticos tomar para proteger o patrimônio do casal.
Quem tem direito à herança?
O direito à herança depende do estado civil, do regime de bens e da existência de descendentes (filhos, netos) ou ascendentes (pais, avós). Em linhas gerais:
Casamento civil: o cônjuge sobrevivente é herdeiro e pode concorrer com descendentes ou ascendentes, conforme o regime de bens e o patrimônio adquirido.
União estável homoafetiva: o companheiro sobrevivente tem direitos equiparados aos do cônjuge. É essencial comprovar a união (documentos, escritura ou sentença).
Sem descendentes e ascendentes: o cônjuge/companheiro herda integralmente, salvo disposições de testamento ou bens particulares conforme o regime.
Com descendentes: o cônjuge/companheiro normalmente concorre com os filhos; a divisão varia com o regime de bens e a natureza dos bens.
Com ascendentes e sem descendentes: o cônjuge/companheiro pode concorrer com pais/avós do falecido.
Importante: regras específicas do regime de bens (comunhão parcial, comunhão universal, separação, participação final nos aquestos) influenciam a meação e a herança. A análise técnica do seu caso evita perdas.
Como comprovar a união estável homoafetiva
A comprovação é determinante no inventário. Veja documentos que ajudam:
Escritura pública de união estável em cartório;
Contas conjuntas, seguros/planos com indicação de beneficiário, contratos e recibos em nome de ambos;
Declaração de dependente no IR, planos de saúde, certidão de nascimento de filhos;
Provas de convivência pública, contínua e duradoura com objetivo de constituir família.
Erros comuns que custam caro
Confiar apenas em mensagens e fotos, sem formalizar a união;
Não definir regime de bens e deixar patrimônio sem planejamento;
Adiar testamento e nomeação de beneficiários em previdência/seguros;
Iniciar inventário sem orientação e perder prazos fiscais;
Ignorar direitos do companheiro em imóveis e empresas.
Planejamento para proteger seu patrimônio
Com organização, é possível reduzir conflitos, impostos e prazos.
Formalize a relação: casamento civil ou escritura de união estável com definição clara do regime de bens.
Faça pacto/contrato: ajuste patrimonial sobre bens atuais e futuros, quotas de empresas e imóveis.
Testamento: distribua a parte disponível, proteja o companheiro/cônjuge e registre suas vontades.
Beneficiários atualizados: previdência privada, seguro de vida e planos com indicação correta.
Propriedades e empresas: avalie holding, cláusulas de incomunicabilidade/usufruto e acordos societários.
Procurações e diretivas: nomeie representante para atos de saúde e patrimônio em caso de incapacidade.
Organize documentos: mantenha certidões, comprovantes e escrituras acessíveis.
Inventário: quando e como abrir
O inventário deve ser aberto em até 60 dias do falecimento, sob pena de multa estadual. Há duas vias:
Inventário extrajudicial: feito em cartório quando há consenso, todos são capazes e existe testamento cumprido ou inexistente. É mais rápido e econômico.
Inventário judicial: necessário quando há menores, divergências ou questões complexas.
Um advogado especialista acelera documentos, cálculo de impostos e a partilha correta, evitando impugnações.
Quando buscar um advogado
Para formalizar sua união estável ou casar com o regime de bens adequado;
Para planejamento sucessório com testamento e estruturação patrimonial;
Ao abrir inventário e precisar garantir a quota do cônjuge/companheiro;
Se houve negativa de herança ou conflito com familiares;
Para revisar beneficiários de previdência/seguros e contratos.
Por que nos escolher
Especialização em direito homoafetivo, família e sucessões;
Atendimento humanizado e sigiloso, sem julgamentos;
Experiência prática em inventários extrajudiciais e judiciais;
Estratégia tributária para reduzir custos e prazos;
Atendimento online para todo o Brasil com assinatura digital.
Próximo passo
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